Uma perspectiva, quando rematada por uma construção perpendicular ao seu eixo, parece ter seu espaço completado por ela, sendo rapidamente assimilada. Já uma mudança na sua orientação cria, consequentemente, um espaço secundário que não se vê, mas espera-se que lá esteja, em frente ao edifício. (CULLEN, 1983)
O entendimento de que os elementos de uma cidade exercem sobre as pessoas impactos de ordem emocional, enquanto que a paisagem urbana se apresenta para estas como uma sucessão de surpresas e revelações súbitas, foi o que inspirou este ensaio. O conceito da deflexão, por sua vez, funciona como fio de ligação entre cada registro.
Fotos e texto por Eduardo Sinegaglia.