Este é o terceiro post de uma série sobre a proposta desenvolvida pelo escritório onde eu atuo, Pagus Arquitetura, em colaboração com estudantes de arquitetura e urbanismo para a Mostra Bienal Arquitetura para Curitiba 2019. O estudo da epiderme urbana, ou seja, a interface entre os espaços públicos e privados é o tema central da nossa proposta.
Neste post vamos explorar as fachadas do Eixo B que possui 7 km de extensão, e é composto pela Avenida João Gualberto e Avenida Paraná. O Eixo B atravessa duas regionais: Matriz e Boa Vista; e passa por nove bairros: Centro, Centro Cívico, Alto da Glória, Juvevê, Cabral, Boa Vista, Bacacheri, Santa Cândida e Tingui.
Antigamente, a atual Avenida João Gualberto se chamava Boulevard Dois de Julho e era margeada por engenhos de erva-mate e residências de alto padrão das famílias Leão e Fontana. Na esquina com a Rua Bom Jesus, no limite dos bairros Juvevê e Cabral, a via passa a se chamar Avenida Paraná. A partir do primeiro Plano Diretor de Curitiba de 1966, esta via passa integrar o sistema de vias estruturais do eixo Norte-Sul da cidade. Ela atua como avenida central do sistema trinário, sendo uma via de mão dupla de tráfego lento e com corredor central exclusivo para ônibus de linhas expressas.
A fim de classificar os diversos fragmentos da epiderme urbana estudados e compará-los entre si, desenvolvemos um sistema referencial de indicadores formado por seis qualidades. Cada qualidade se decompõe num gradiente métrico de expressão com valores entre 0 e 2, sendo 0 referente à ausência de expressão e 2, à máxima presença.
Autores:
Mariana Steiner Gusmão
André Bihuna D’Oliveira
Aerin Maguian Sezoski Solak
Jeisiele Branco
Karina Tonetto Reis
Maisa Domingues
Fontes: IPPUC;Livro “Ruas e histórias de Curitiba” de Valério Hoerner Júnior. Editora Artes e Textos. Curitiba, 2002
Desenhos e gráficos – Pagus Arquitetura