Com um olhar mais intimista, o fotógrafo Guilherme da Costa integra-se na nossa equipe mostrando-nos uma Curitiba para poucos.
Sua fotografia nos transporta e nos torna íntimos.
Seus registros são facilmente identificados pela luz, paleta de cores e a sensação que nos remete a uma instantânea solitude.
Sejam fotos de ruas, postos de gasolina, esquinas do nosso cotidiano, apartamentos comerciais ou residenciais, Guilherme nos mostra através do ensaio abaixo uma “Curitiba após as SEIS”, sem o movimento da cidade grande, sem suas lojas em funcionamento, sem nossos estudantes pelas ruas mas, sim, um registro do silêncio na cidade.
Com seu relato através de uma fotografia mais “aconchegante”, somos convidados a observar a cidade com outros olhos.
Quase como protagonistas da “Janela Indiscreta” de Hitchcock, sentimo-nos parte de uma rotina que não nos pertence, seja pelo vizinho com a janela acesa, ou pelo trabalhador que encerra mais um dia exaustivo de trabalho.
A solidão retratada nessas fotografias, nos faz lembrar não somente das obras de Edward Hopper, que com sua pintura realista nos apresentou com subjetividade a solidão e a melancolia urbana, mas também esse período de isolamento, devido ao cenário atual de pandemia que temos vivenciado.
Nesse pequeno ensaio, apreciamos um pouco da beleza no meio urbano através dos olhos do fotógrafo Guilherme da Costa, que com extrema sensibilidade capta o término de um ciclo, e o nascimento de um novo dia.
Fotografias: Guilherme da Costa (@glhrmcst)