O FOTOGÊNICO
“Em um dia cinzento ou com sol pra passear, quem vislumbra o Centro o reconhece, não importa se de relance ou à primeira vista, ele estará lá, como cenário ou como protagonista.”
O “Barão” é um desses edifícios fáceis de fotografar, principalmente por conta da sua localização próxima ao Centro Histórico. Como faz pano de fundo para a Catedral, é comum encontrá-lo em fotografias de campanhas publicitárias, em livros ou revistas.
Considerado um dos marcos verticais da paisagem curitibana, o edifício leva o nome de um dos personagens da história do Paraná, Ildefonso Pereira Correia, o maior exportador de erva-mate da região e maior produtor do mundo, recebendo tal título em 1888, dado pela Princesa Isabel.
O prédio encontra-se localizado no encontro de cinco ruas em pleno Centro, região densa, movimentada tanto por veículos como por pedestres. Sua fachada está voltada para a Rua Prefeito João Moreira Garcez por onde tem seu acesso. O entorno é amplamente abastecido por comércio de lojas populares e galerias comerciais, como a Pinheiro Lima e a Tobias de Macedo. Logo à frente, pontos de ônibus garantem a acumulação de pessoas nas calçadas. Ao lado, subindo a Travessa Nestor de Castro, está um grande painel de azulejos do artista Poty Lazzaroto.
Além da Igreja Matriz, o prédio tem como vizinhos importantes na redondeza a Casa da Memória, reformulada no ano 2000, onde funciona um centro de documentação e pesquisa pertencente à Fundação Cultural de Curitiba. Outro vizinho, porém mais antigo, é a Papelaria João Haupt, instalada no local desde 1912.
Pensado pelo arquiteto Elgson Ribeiro Gomes e realizado pela construtora Gutierrez, Paula & Munhoz em 1968, tem estratégia semelhante a do Edifício Itália, fazendo do perímetro do lote a base para seu volume. Porém nesse caso com a parte térrea destinada para lojas comerciais, protegidas por uma grande marquise que serve também como varanda para o segundo andar. A torre atinge uma altura de dezesseis andares, sendo quatro unidades de apartamentos por andar, cada uma com dois dormitórios.
A fachada com curva acentuada é a grande marca do edifício, tal formato permite maior insolação, principalmente ao cair do sol. Esquadrias metálicas pintadas em cor verde combinam em pares formando módulos enquadrados por pastilhas na cor azul, contrastando com o fundo branco. Na parte posterior, elementos vazados auxiliam na ventilação dos corredores e das áreas de serviços.
Ficha Técnica
- Nome: Edifício Barão do Serro Azul
- Ano de construção: 1966~1968
- Endereço: Rua Barão do Serro Azul
- Arquiteto: Elgson Ribeiro Gomes
- Tipologia: Misto Residencial e comercial
- Andares: 20 pavimentos
- Unidades por andar: 5
- Metragem: 8000 m²
- Acessos: 1 acesso
- Estrutura: Concreto armado
- Esquadrias: Ferro
- Revestimentos: Pastilhas nos embasamentos das esquadrias
- Fachada: Formada por um térreo comercial seguido de um grande terraço unindo o mezanino das mesmas o edifício se recua e volta a se impor com o início das esquadrias que permeiam toda a curva da edificação em sua fachada principal. As outras fachadas da edificação não tem nenhum adorno.